Exposição “Do Palácio de Belém”, em Braga, inaugurada por Cavaco Silva
O Presidente da República inaugurou a exposição intitulada “Do Palácio de Belém”, organizada pelo Museu da Presidência da República em colaboração com o Museu Pio XII, em Braga.
O Presidente da República, Cavaco Silva, apelou aos cidadãos, hoje em Braga, para que visitem a exposição 'Ourivesaria e Pintura nas Colecções do Palácio de Belém' patente no Museu Pio XII.
'Apelo às gentes do norte e em particular de Braga para que venham conhecer uma parte importante desta nova versão do espólio da Presidência nos domínios da pintura e da joalharia', afirmou, sublinhando que a mostra resulta de uma 'frutuosa colaboração' com a Arquidiocese de Braga da Igreja Católica.
O PR falava aos jornalistas no final da visita que hoje efectuou ao Museu Pio XII em Braga, propriedade da Arquidiocese, e onde estiveram presentes o Arcebispo Primaz, D. Jorge Ortiga, e o presidente da Câmara Municipal, Mesquita Machado.
O Chefe de Estado disse que a realização da mostra na chamada 'Cidade dos Arcebispos' se insere numa prática do Museu da Presidência de viajar pelo país 'para dar a conhecer aos portugueses o espólio acumulado ao longos de séculos não apenas por presidentes mas também por reis'.
'As audiências que dou, habitualmente, ocorrem numa sala que foi o quarto do príncipe D. Carlos', referiu, lembrando que no Museu 'existem a secretária de D. Luís, e a famosa cadeira do Leão, utilizada pelo rei D. Carlos'.
O Arcebispo de Braga enalteceu a cooperação com a Presidência da Repúbli ca, e lembrou que a Arquidiocese dispõe de dois museus: o da Catedral e o Pio XII.
O Museu Pio XII é dedicado à Arte Sacra e à Arqueologia, situando-se, juntamente com o Museu Medina, no edifício do antigo Seminário Conciliar de Santiago.
A mostra hoje inaugurada reúne mais de uma centena de objectos de grande valor histórico e patrimonial da residência oficial do PR.
A descoberta desta história, que se inicia no século XVI e se desenvolve até à actualidade, é feita através da exposição de obras raras das colecções de ourivesaria e pintura do Palácio de Belém.
Das peças em prata em exposição, produzidas entre os séculos XVII e a actualidade, destacam-se as terrinas do infantado, de João Ramos Ortiz, do início do século XIX, os castiçais de António Forcada y Laplaza ou o espelho de toucador da rainha D. Amélia, de Boin Taburet.
Ao nível da pintura, a exposição dá a conhecer um conjunto de obras criadas entre os séculos XVI e os dias de hoje por alguns dos mais relevantes artistas portugueses como Paula Rego, João Vaz e Bento Coelho da Silveira, entre muitos outros.
Estão igualmente presentes obras de artistas estrangeiros, como François Gerard (com o retrato de 'Hortense de Beauharnais'), Georges de Dramard ('O Voto de Luís XIII') ou Pedro Orrente (com 'O refúgio de Agmar').
Noticia da Lusa