O simbolismo dos "Ovos da Páscoa"
12.04.20 | Carlos Tavares
O ovo como símbolo também é bastante antigo, representa a fertilidade e o renascimento da vida. Desde sempre a troca de ovos no Equinócio da Primavera (21 de Março) era um costume que celebrava o fim do Inverno e o início da primavera. Eram enterrados ovos pelos agricultores para obterem boas colheitas. Com o Cristianismo a Páscoa cristã começou a ser celebrada, a cultura pagã de festejo da Primavera foi integrada na Semana Santa. Os cristãos passaram a ver no ovo um símbolo da ressurreição de Cristo, sendo também um símbolo de nascimento. Estas tradições serviram também de inspiraram para alguns joalheiros e mestres ourives. O mais conhecido de todos foi joalheiro Russo Peter Carl Fabergé. A história começou com o Czar Alexandre III, em 1885. Maria Flodorovna, era princesa Dagmar da Dinamarca, e foi enviada para longe da sua família para um casamento combinado com o Czar da Rússia. Sentindo-se sozinha numa terra estranha, Maria sofria de saudades de casa e de depressão. Ao ver a sua tristeza, o Czar encomendou uma jóia em forma de ovo para oferecer à sua esposa como presente de Páscoa. Assim surgiu o primeiro ovo Fabergé. Maria ficou maravilhada com o requinte do ovo e tornou-se tradição criar ovos, dois por ano, como presente para as esposas e mães dos membros da aristocracia e assim começou uma tradição Os ovos Fabergé são objetos de fascínio, mistério e de um trabalho artístico excecional com uma combinação de esmalte, metais e pedras preciosas, escondiam surpresas e miniaturas. Entre 1885 e 1916, Peter Carl Fabergé criou 50 ovos altamente artísticos e criativos para a família real russa.