Foram as jóias e ficaram os dedos.
Durante este mês de agosto, foram constantes o bater de recordes na cotação do ouro nas várias bolsas mundiais. Iniciou este período à cotação de 1750 dólares/onça, chegando a um máximo histórico de 1900 dólares/onça e dizem vários analistas, com tendência para continuar a subir.
Paralelamente a este fenómeno, têm surgido por todo o país, uma oferta muito grande de lojas que compram ouro, com uma agressividade comercial muito forte, servindo- se de uma publicidade exagerada e por vezes enganosa, disputando entre si todos os gramas disponíveis.
Perante estes dois fenómenos e com o apoio de notícias e opiniões que surgem diariamente na comunicação social, os portugueses aproveitam como sendo a ultima oportunidade para venderem os seus objectos de ouro.
Diariamente são convertidos em euros aqueles objectos que foram durante muitos anos lembranças do passado familiar, peças herdadas, ofertas de casamento, de baptizado, aniversários, etc.
Estes grandes e pequenos tesouros familiares depois de convertidos em euros serviram para liquidar dívidas, pagar propinas e livros escolares dos filhos, contribuir para o pagamento das prestações do carro e da casa, pagar contas da luz e água e também alguns gastos supérfulos.
Milhares de quilogramas de ouro foram vendidos e derretidos nestes últimos meses que foram convertidos em milhões de euros novamente introduzidos na economia nacional, e porque não dizer, mundial.
Muitos milhões que foram bem recebidos pelas várias economias e foram um balão de oxigénio nesta crise que nos persegue.
Foram as jóias e ficaram os dedos.
Será que ainda há mais jóias?