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VALOR REAL

Notas de um Perito e Avaliador de Artigos com Metais Preciosos e Materiais Gemologicos. Os meus estudos, investigações e avaliações sobre algumas das minhas paixões: ourivesaria, numismática, pedras preciosas, ...

Sálva do século XVIII ou XIX ?

30.09.08 | Carlos Tavares

 

Foi-me permitido observar a salva das fotos para poder efectuar a respectiva avaliação .

Depois de algum tempo necessário para o estudo cuidado que uma peça desta natureza merece, penso poder concluir:

Trata-se de uma salva em prata com o peso 540 g e diâmetro 26 cm, com moldura cinzelada estilo D. José, com três pés de garra e bola, gravura ao centro com pássaro sob flor e na bordadura quatro figuras de indígenas e pássaros separados por ramos e flores.

 

Está marcada com punção do ensaiador do Porto "José Coelho Sampaio" (P-16 de 1790-1804), marca de ourives não identificado "MG" (P-464) e exame de burilada.

Estas referências permitem-me concluir  tratar-se de uma salva do final do século XVIII, não encontro qualquer relação entre o estilo da moldura e a gravura do centro.

II Colóquio Português de Ourivesaria

29.09.08 | Carlos Tavares

 

Estive presente nos passados dias 26 e 27 de Setembro na segunda edição do Colóquio Português de Ourivesaria no auditório da Universidade Católica Portuguesa na cidade do Porto.

 

Durante dois dias foram muitos os temas apresentados pelos conferencistas com a moderação do Prof. Doutor Gonçalo de Vasconcelos e Sousa, um investigador e apaixonado da Ourivesaria Portuguesa.

 

Os meus preferidos foram:"A colecção de prataria da Casa Leitão e Irmão" , o estudo do "Caquesseitão" e as "Gemas e outras pedrarias nas alfaias religiosas" apresentado pelo Dr. Rui Galopim de Carvalho

 

Um conjunto de estudos importantes dirigidos a uma plateia de pessoas interessadas no estudo e investigação da Ourivesaria.

 

Foi também apresentado o livro com as actas do I Colóquio de Ourivesaria que se realizou em 21 e 22 de Fevereiro de 1997.

 

Também lá estive em 1997...

Diamantes de Laboratório

23.09.08 | Carlos Tavares

 

Lançamento do livro Diamantes de Laboratórioda autoria de Branko Deljanin e Dusan Simic irá ser apresentado no próximo dia 26 de Setembro, pelas 18h30, na Portojóia.

Saiba mais sobre os novos diamantes sintéticos (HPHT e CVD) e as suas metodologias de detecção.

Um manual técnico simplificado que não só apresenta o panorama actual da produção de diamantes de laboratório com qualidade gemológica, como também introduz as estratégias para a sua identificação e rastreio. 

Já o tenho na minha biblioteca.

A origem do quilate

17.09.08 | Carlos Tavares

Sempre que falamos em ouro obrigatoriamente temos que falar em quilates, mas afinal o que são os quilates do ouro?

 

A palavra quilate deriva da palavra grega quirátion que significa corno pequeno, semelhante às vagens da alfarrobeira de onde eram retiradas as sementes que seriam utilizadas na pesagem das pedras preciosas, pois estas sementes têm a particularidade de ter um peso muito semelhante, de 190mg.

Com o passar dos anos estas sementes forma sendo substituídas por pesos metálicos.

Conta-se que um Rei mandou cunhar uma moeda de ouro puro com o peso de 24 sementes de alfarroba. 

A partir deste acontecimento passou-se a definir como padrão que um objecto em ouro puro era de 24 quilates.

Mais tarde estas moedas foram utilizadas na produção de ligas metálicas.

Consequentemente, e pela regra aritmética dos "três simples", facilmente concluímos que o ouro de 18 quilates é de 0,750 e o 19,2 é de 0,800 ...

Leilão da "Numisma"

16.09.08 | Carlos Tavares

 

No passado dia 29 de Maio realizou-se em Lisboa mais um leilão da prestigiada leiloeira de numismática "Numisma".

Uma sessão com muitos pontos de interese para comerciantes coleccionistas e interressados da numismática.

Destaque para uma pepita em ouro (142.6g) com um diamante que tinha como base de licitação € 2000 e o preço de martelo foi de € 5500, uma peça museológica de rara beleza.

Não posso deixar também de referir a venda de um Morabitino de Afonso VIII de Castela, cunhado em Toledo em 1225, uma moeda feita por cristãos mas com inscrições árabes, por € .

Um leilão importante também para todos aqueles que querem acompanhar a procura e evolução dos preços das moedas em Portugal.

 

Recomendo a visita ao próximo leilão,lá estarei.

Pepitas em ouro

16.09.08 | Carlos Tavares

 

No ano de 1869 foi descoberta na Austrália a maior pepita em ouro do mundo, com o peso de 65,2 kg.

Foram também descobertas na Brasil pepitas com pesos brutos entre os 33 e 60 kg.

Pepitas são pedaços de metal, normalmente de ouro ou prata descobertas em explorações em céu aberto ou nos aluviões.

No inicio do século XVIII foi descoberto no Brasil pelos portugueses grandes quantidades de ouro que eram superiores a mais de 60 % da produção mundial.

No reinado de D.Manuel, Pêro Vaz de Caminha faz referência nos seu diário de bordo que quando chegou ao Brasil os indígenas utilizavam as pepitas de ouro que penduravam  numa espécie de fio de pesca e utilizavam-nas como chumbadas.

Estes povos das terras de Vera Cruz preferiam ornamentar-se com penas de aves, pedaços de ossos de animais com tons mais coloridos não utilizando o ouro para fabrico de peças de culto, omuletos ou de embelezamento.